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Entidades propõem alternativa ao descarte de pintinhos macho por trituração

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Em uma parceria com a Animal Equality Brasil, o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, a Sinergia Animal e a Mercy For Animals. Carlos Giannazi (PSOL) apresentou à Alesp o Projeto de Lei 256/2021, que proíbe o descarte de pintinhos machos recém-eclodidos.

Na agroindústria atual, a seleção genética é restrita a poucas multinacionais. Elas criam as linhagens puras, as chamadas “aves bisavós”. Depois, as granjas “bisavoseiras”, “avoseiras” e “matrizeiras” reproduzem o plantel que abastece as granjas de corte e de postura.

Nas granjas de corte, machos e fêmeas são aproveitados. Mas, nas granjas de postura, apenas as poedeiras têm valor econômico. Por isso, cerca de 25 milhões de pintinhos são descartados todos os anos no Estado de São Paulo. Sendo que “descartados” é um eufemismo para “triturados vivos”.

No programa Alesp Cidadania de sábado (16/5), a veterinária especialista em bem-estar animal, Daniela Gurgel, explicou que é cientificamente comprovado que essas aves são seres sencientes, capazes de sentir emoções, como alegria e medo, além de possuírem todo o substrato neurológico necessário para que exista autoconsciência. Nesse sentido, a Declaração de Cambridge de 2012 elencou as cinco diretrizes a serem adotadas pelos criadores: os animais devem estar livres de fome e sede; de doenças; de desconforto; de medo e estresse; e devem ter liberdade para expressar seus comportamentos naturais.

Conforme Carla Lettieri, diretora-executiva da Animal Equality Brasil, a proposta para evitar crueldade animal seria o desenvolvimento, para uso em alta escala, das tecnologias já existentes que permitem a separação por sexo “in ovo”. Até o sexto dia de vida embrionária, as terminações nervosas ainda não estão formadas, logo, não há dor.

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