Na data determinada pela Secretaria da Educação para a volta às aulas presenciais (segunda-feira, 8/2), a movimentação em grande parte das escolas estaduais não foi só de alunos. Com eles, pais, mães e profissionais da educação conscientizavam a comunidade sobre os motivos da greve sanitária iniciada no mesmo dia.
“É uma greve em defesa da vida”, explicou Carlos Giannazi (PSOL), na manifestação que ocorreu em frente a EE Álvaro de Souza Lima, uma das escolas da zona sul que visitou naquele dia. “Os professores vão continuar trabalhando, mas de suas casas, como fizeram durante todo o ano de 2020”. O deputado frisou que essa greve não tem em sua pauta questões salariais ou funcionais, apesar da enorme desvalorização do magistério da rede pública paulista.
Situada nas proximidades do Parque do Estado, a EE Álvaro de Souza Lima está com sete salas sem energia elétrica. O abastecimento de água, que depende de bombeamento, só foi restabelecido há quatro dias. E, com mais de 900 alunos, a unidade conta apenas com uma faxineira. “É impossível manter os protocolos de segurança nessas condições”, afirmou Giannazi.
O deputado enumerou quatro escolas particulares que retomaram as atividades há poucos dias e já tiveram de voltar a suspender as aulas, total ou parcialmente, depois que constataram a contaminação de profissionais e de alunos. Já na rede estadual, mesmo sem a presença de alunos, as atividades presenciais de planejamento, ocorridas na semana passada, já causaram contaminações de diversos profissionais em mais de dez unidades, e voltaram a ser fechadas.