Educação

Educação ataca autonomia de prefeitos e mantém escolas ativas na fase vermelha

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No início da pandemia, Bolsonaro editou uma medida provisória tentando tirar dos entes federativos o poder de decidir quais atividades deveriam ser paralisadas e quais deveriam permanecer funcionando. Acionado, o plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu, por unanimidade, que as atribuições da Anvisa não afastam a competência concorrente de Estados e municípios sobre saúde pública.

Onze meses depois de ter se beneficiado dessa decisão, declarando-se defensor da ciência, o governador Doria inverte seu papel e passa a atacar autonomia dos municípios que decidem adotar medidas mais severas. Por meio de seu secretário de Educação, Rossieli Soares, Doria está impondo que as escolas estaduais permaneçam funcionando, mesmo em municípios que estão na fase vermelha.

“Algumas cidades até decretaram toque de recolher, como Araraquara, que por ter 200 mil habitantes aparece bastante na imprensa. Mas essa situação se repete em muitos municípios que não têm atenção dos meios de comunicação”, afirmou Carlos Giannazi (PSOL) na tribuna da Alesp, em 17/2. Ele citou o caso de quatro cidades da região de Itapeva ” Apiaí, Guapiara, Itaoca e Ribeirão Branco ” onde houve um agravamento da situação.

“São municípios que não têm hospital, e seus prefeitos, acertadamente, decretaram lockdown. Apesar disso, o secretário Rossieli orienta as diretorias de ensino a manterem os professores nas escolas, até mesmo se as aulas forem suspensas por causa da alta contaminação. Isso é sadismo!”, acusou.

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