Transmitido ao vivo pela Rede Alesp em 10/5, o Ato Solene em Defesa da Liberdade de Expressão e de Manifestação serviu para mostrar às três professoras de São Caetano do Sul, vítimas de assédio judicial, que elas não estão sozinhas. Diversas entidades de classe e movimentos sociais deixaram claro que a prefeitura não conseguirá calar seus opositores ameaçando-os de demissão, ainda mais quando os protestos são em defesa da vida.
Em maio de 2020, a professora da rede municipal Aline Fernandes, então integrante do movimento Servidores em Ação, postou um vídeo orientando os colegas que sofressem assédio a procurar o Ministério Público do Trabalho. Ela passou a sofrer sindicância.
Em fevereiro de 2021, a professora de sociologia Gisele Giampaoli debateu com seus alunos do Colégio Universitário os riscos inerentes à política de retomada das aulas presenciais. Também contra ela foi instaurado um processo administrativo.
No início deste mês, Catarina Troiano, também professora da rede municipal, foi convocada a comparecer ao 1º Distrito Policial do município. Ela é investigada em ação penal privada movida pelo secretário de Educação do município, Fabricio Coutinho, que não gostou de ter sido chamado de “Fabricídio” em uma charge nas redes sociais.
Para o advogado e ex-vereador Horácio Neto, que acompanha os casos, além da luta jurídica, tem de haver a mobilização da sociedade, que já começou com o encontro promovido por Giannazi.