Nos poucos dias de funcionamento das escolas estaduais, já são dezenas de escolas com suspeitas ou casos confirmados de Covid-19. Entre elas, apenas duas voltaram a suspender suas atividades por decisão de seus diretores. As demais vêm seguindo a orientação da Secretaria da Educação de afastar apenas o profissional infectado e prosseguir com as aulas.
A informação foi apresentada por Carlos Giannazi (PSOL) na tribuna da Alesp, em 10/2, com base em um levantamento que vem fazendo por meio das visitas às escolas e denúncias enviadas por profissionais da educação. Apenas na zona sul da capital já são dez escolas com ao menos um caso confirmado, mas dados ainda não consolidados indicam que a situação se repete em diversas regiões do Estado.
“A Secretaria da Educação está escondendo esses números, ameaçando professores e censurando informações. Essa é a necropolítica do governo Doria”, afirmou Giannazi, manifestando seu apoio à greve sanitária dos professores da rede estadual, como aquela que será feita pelos profissionais da rede municipal de São Paulo.
Conforme Giannazi, apesar de toda a propaganda que vem sendo feita a favor da volta às aulas, o próprio governo acaba transmitindo às famílias uma mensagem sobre a gravidade da situação quando condiciona o retorno do aluno à assinatura de um termo de responsabilidade. “Se não houvesse risco de morte, não haveria necessidade desse documento.”