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Indústria imobiliária ameaça ONG de preservação ambiental em Jundiaí

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Carlos Giannazi (PSOL) requereu ao Tribunal de Contas uma investigação aprofundada no processo de concessão do aeroporto estadual de Jundiaí. O objetivo é averiguar se há legalidade nas medidas tomadas pelo consórcio Voa-SP, que administra o aeroporto desde 2017 e agora pretende desalojar as instalações da Associação Mata Ciliar, que mantém no local, desde 1997, um centro de reabilitação de animais silvestres, como lobos-guarás, jaguatiricas e onças. No total, suas instalações ocupam apenas três dos 48 hectares da área estadual.

Apesar do espaço abundante, na segunda-feira (17/5), o Voa-SP notificou extrajudicialmente a ONG Mata Ciliar para desocupar o local em 48 horas, removendo animais e equipamentos. Desde então, ativistas e simpatizantes vêm realizando uma vigília para proteger o espaço. “Recentemente, o vice-governador Rodrigo Garcia se manifestou publicamente, dizendo que não venderia a área. Ao contrário, disse que regularizaria o lote ocupado pela associação”, afirmou Giannazi, cobrando o compromisso do vice, que acumula o cargo de secretário de Governo.

Apesar de o consórcio Voa-SP alegar, hipocritamente, que um dos motivos da remoção seria proteger os animais do ruído dos aviões, tudo indica que o interesse é mesmo a expansão comercial. No próprio site do consórcio está anunciado um “plano de desenvolvimento imobiliário no sítio aeroportuário”.

“O lucro não pode estar acima de tudo”, afirmou Giannazi.

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