A Frente Paulista em Defesa do Serviço Público realizou em 28/5 uma live em homenagem a Carlos Giannazi (PSOL) por sua atuação em defesa do funcionalismo. Organizado por José Gozze, presidente da Federação das Entidades de Servidores Públicos (Fespesp), o ato manifestou o repúdio de mais de 80 entidades ao atual presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), que deixou de indicar Giannazi para a composição da Comissão de Educação, da qual era membro havia 14 anos.
Para o professor de filosofia Aldo Santos, não foi por acaso que o governo vetou a participação de Giannazi nessa comissão. “Estamos em um momento de ataques à escola pública”, disse, alertando que diversos projetos em andamento – como o Programa de Ensino Integral, o Novo Ensino Médio, o Ejatec e as Escolas Cívico-Militares – deixam alunos e professores em uma posição de submissão e exclusão.
Representantes de várias entidades sindicais acreditam que o alijamento de Giannazi é uma retaliação à luta pela aprovação do PDL 22/2020, proposição que revoga o desconto de 12% a 14% nas aposentadorias e pensões inferiores ao teto do INSS (R$ 6.433,57).
“Já são mais de 100 câmaras municipais que aprovaram moções pela aprovação do PDL 22”, informou Giannazi, que comparou esse engajamento ao movimento vitorioso para manter o Projeto Guri. Em relação à Comissão de Educação, o parlamentar garantiu que continuará atuante, mesmo sem direito a voto. “Prosseguiremos com nossa luta, denunciando e obstruindo os projetos do governo, mas sem dúvida existe um abalo do ponto de vista simbólico”, admitiu.