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Complexo do Ibirapuera está em terreno municipal cedido para uso exclusivamente esportivo

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Entre os convidados da audiência pública contra a privatização do Conjunto Esportivo do Ibirapuera, promovida em 11/12 pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL), o vereador Celso Giannazi (PSOL) apresentou um fato que pode impedir a demolição do ginásio. Depois de ter acionado o registro de imóveis por meio da Câmara Municipal, ele obteve documentação comprovando que o terreno é de propriedade do município, e que foi cedido ao Estado sob a condição de que os equipamentos ali construídos seriam dedicados exclusivamente ao esporte.

Sendo assim, o processo de privatização do conjunto esportivo só poderá seguir adiante se a Câmara Municipal aprovar uma lei tratando da desafetação desse bem público. Além disso, a demolição do conjunto esportivo deverá ser submetida também ao órgão municipal de preservação do patrimônio (Conpresp). A documentação já foi enviada ao Ministério Público.

Ainda na audiência, o jornalista Juca Kfouri refutou argumentação do governo de que o ginásio não estaria mais apto a sediar eventos esportivos e culturais. Para ele, o que está acontecendo, mais uma vez, é a estratégia de “sucatear para vender barato”.

Ouro olímpico no salto em distância (Pequim 2008), Maurren Maggi credita ao Ibirapuera a oportunidade que mudou sua vida. Natural de São Carlos, ela passou a residir nos alojamentos do complexo em 1994, quando passou a treinar para alto desempenho. “É o complexo esportivo mais completo que temos no país, um celeiro de atletas. É inadmissível que venha abaixo.”

Também participaram da audiência os medalhistas Ana Moser (Atlanta 1996) e Sandro Viana (Pequim 2008); o conselheiro do Condephat pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, Renato Anelli; o economista Luiz Belluzzo; o advogado Fernando Magalhães, do coletivo Mariana em Movimento; e o historiador Flávio de Campos, coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Sobre Futebol e Modalidades Lúdicas (USP, Unicamp, Unesp e Unifesp).

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