Educação

Ato contra o genocídio na educação

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Os 1.095 óbitos contabilizados no Estado de São Paulo nas 24 horas precedentes não foram suficientes para sensibilizar o governador Doria e demovê-lo da determinação de reabrir as escolas estaduais na quarta-feira, 14/4, tal como havia sido feito pelo prefeito Covas dois dias antes. Mas isso não ocorreu sem resistência.

“Eles combinaram de nos matar, mas nós combinamos de não morrer”, afirmou a supervisora de ensino Luciene Cavalcante em ato realizado em frete à Seduc, pelos mandatos dos parlamentares do PSOL Carlos Giannazi (deputado) e Celso Giannazi (vereador). Entre cruzes e coroas de flores, os educadores lembraram seus colegas que já perderam a vida para o vírus e lamentaram que, em um mês, terão de consolar os familiares de outros tantos companheiros.

Na ausência de dados oficiais – que vêm sendo sonegados pelos governos do PSDB -, Carlos Giannazi divulgou um levantamento feito pela Apeoesp que contabilizou quase 2,5 mil contaminações durante as semanas em que as escolas permaneceram abertas. Esses números desmontam qualquer argumentação de que as escolas são seguras, o que só acontece nas poucas unidades selecionadas para as peças de marketing.

Horas mais tarde, em live com a participação dos professores José Maria e Negro Rafa, o deputado divulgou também o resultado de uma pesquisa realizada pela Rede Escola Pública e Universidade (Repu), que congrega docentes da USP, Unicamp, UFSCar, UFABC, Unifesp e IFSP. O estudo dá conta de que os professores da rede estadual que trabalharam presencialmente de 7/2 a 6/3 tiveram probabilidade três vezes maior de serem infectados em comparação à média da população na mesma faixa etária.

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